Tishá BeAv (“o nono dia do mês de Av”) é o ponto focal do calendário judaico para tragédias históricas, centrais entre elas a destruição dos dois Templos de Jerusalém (o primeiro destruído em 586 aEC pelos assírios e o segundo, em 70 EC pelos romanos), mas incluindo outros episódios de perseguições aos judeus até a época contemporânea.

As três semanas que antecedem Tishá BeAv são um período de semi-luto, no qual evitamos festas, conhecido como Bein haMetsarim (“entre os estreitos”). O período tem início em 17 de Tamuz, quando, de acordo com o Talmud de Jerusalém, foram destruídas as muralhas de Jerusalém que antecederam a destruição dos dois Templos. Na atualidade, são um período de introspecção e reflexão sobre os temas que, de acordo com a tradição, levaram à destruição do segundo Templo: o ódio sem motivos (“sinát chinám”), de narrativas mentirosas e de manipulação dos fatos.

Em 2020, um ano em que as distâncias foram reduzidas, uma coalizão de seis sinagogas em cinco estados organizou um ciclo de conversas entre 12 rabinos ligados a três movimentos do judaísmo liberal sobre estes temas culminando com um ato comum em Tishá BeAv. As conversas acontecerão a cada quarta-feira de 08/07 (17 de Tamuz) a 29/07 (09 de Av), sempre às 19h30, transmitidas neste link, com os seguintes temas e participantes:

  • 08/07 – Buscando Respostas às Estreitezas que Vivemos Hoje, com os rabinos Elca Rubinstein, Lucca Myara, Rogério Cukierman e Uri Lam
  • 15/07 – Desafios de Construção e Pacificação, com os rabinos Fernanda Tomchinsky-Galanternik, Guershon Kwasniewski, Ruben Sternschein e Sergio Margulies
  • 22/07 – O Que Está Faltando?, com os rabinos Dario Bialer, Joseph Edelheit, Luciana Pajecki Lederman e Michel Schlesinger
  • 29/07 – Reconstruindo Conjuntamente, com a participação de todos os rabinos.

A CIP organizará um ato religioso de Tishá BeAv na sequência do ato do dia 29/07. Mais informações sobre o serviço religioso de Tishá BeAv da CIP serão divulgadas em breve.