Weizmann Talks 2019:  as bolsas para estudantes do Instituto Weizmann de Ciências

 

Os jovens Constanza Maria Reis da Silva MarianoNatalia Von StaaLeonardo Azzi Martins e Patrícia Honorato Moreira tem uma coisa em comum: o amor pela ciência.  Eles retornaram recentemente da Escola de Verão do Instituto Weizmann de Ciências (WIS), onde foram como bolsistas, patrocinados pela Associação de Amigos do Weizmann no Brasil, após um intenso processo de seleção aberto a todo país

 

Na última terça-feira, 17 de setembro, durante o Weizmann Talks na CIP, emocionaram o público ao dividirem as experiências dos projetos realizados durante o mês de julho no Instituto Weizmann de Ciências.

 

A Escola de Verão é um programa anual do Instituto Weizmann de Ciências em Rehovot, Israel. Participam programa cerca de 80 estudantes recém-formados no segundo grau, vindos de diversas partes do mundo. Os jovens têm a oportunidade de adquirir experiência direta em pesquisa de ponta trabalhando em laboratórios e desenvolvendo projetos de investigação ao lado de profissionais.

 

Durante quase duas horas os jovens deram relatos sobre como se sentiram ao saber que ganharam a bolsa para o Weizmann e do projeto desenvolvido por cada um, enfatizando o acesso aos mais modernos laboratórios e a troca de experiência com mais de 80 alunos provenientes de 15 países diferentes,  mas que segundo eles, são todos muito parecidos e têm em comum o mesmo amor pela ciência. 

 

Eles também falaram sobre os passeios que fizeram por Israel, da vivência no deserto, da interdisciplinaridade que encontraram no Weizmann e da política de “portas abertas” do WIS, onde cientistas e pesquisadores de renome abriram as portas de seus laboratórios para os estudantes. Também frisaram como foi enriquecedor entender a cultura e vivenciar o dia a dia em um país tão pequeno, mas que  preserva sua história e seu passado e que causa um impacto tão grande no mundo.  Não faltaram agradecimentos ao Grupo de Amigos do Weizmann, por ter propiciado essa experiência inesquecível e transformadora.

 

O evento também contou com a presença de Rafael Carlos Alves da Lima, bolsista de 2016.  Morador da periferia de São Paulo, emocionou a todos com sua história de superação.  Ele, que estudou em uma   “escola de lata” hoje cursa a Universidade de Dartmouth nos Estados Unidos e já viajou para mais de 100 países.

 

“O Brasil faz ciência de excelente nível, porém temos que tornar a ciência brasileira uma propriedade de todos os brasileiros.  É isso que estamos fazendo hoje, investindo nesses jovens que tiveram uma experiência profundamente transformadora e que impactará suas vidas”, destacou a Profa. Regina P. Markus, vice-presidente dos Amigos do Weizmann e que esteve à frente de todo o processo seletivo para o Curso de Verão.

 

“Quando assistimos a apresentação desses jovens, e vemos o sorriso, o brilho nos olhos e os resultados alcançados, sabemos que estamos no caminho certo. Nós crescemos quando vocês crescem.  Em Israel vocês tiveram oportunidade de conhecer uma realidade sem filtro, sem “fake News” e isso para nós é motivo de orgulho e engrandecimento”, complementou o presidente dos Amigos do Weizmann, Mario Fleck.

 

Saiba mais sobre a experiência dos bolsistas de 2019:

 

Leonardo tem interesse por tecnologia, mas durante o período na Escola de Verão,   estudou uma proteína descoberta no Instituto Weizmann  que pode causar a morte das células e assim gerar doenças. Ele disse que adorou trabalhar manipulando bactérias,  cultivando células no laboratório e purificando proteínas, bem como   a emoção de conhecer  pesquisador que fez a descoberta daquela proteína.

Constanza trabalhou na área de pesquisa de escala atómica. Destacou como  o mundo atómico é muito pequeno e exige equipamento sofisticado.  Ela participou do  desenvolvimento de um microscópio reverso capaz de tomar fotos da estrutura subatómica dos materiais

 

Já a vivência da Natália foi na Biologia. Na sua apresentação, falou das bactérias que não produzem doenças como “amiguinhas”, as que produzem doenças como “priminhas do mal” e da pesquisa, da conveniência de “entender os inimigos para poder lidar com eles”. Estudou uma bactéria (Salmonela sp.) que reconhece um sinal quando tem por perto uma célula de defesa, e que poderia acabar com ela. Então prepara uma resposta biológica capaz de deixar a célula de defesa (chamada macrófago), segundo Natália, “mansinha”.

 

Patrícia, de Goiânia, estudou sobre como as árvores sobrevivem no clima extremo de Israel no laboratório de Ciências Ambientais. Ela, que já desenvolveu um método para despoluir lagos, emocionou-se quando relatou que nunca tinha visto o mar, e em Israel conheceu o Mar Morto, o Mar Vermelho e o Mar Mediterrâneo. “Agora quero despoluir os mares”, concluiu.

 

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