
No último sábado, dia 15 de maio, aconteceu um bate-papo entre a historiadora Lilia Schwarcz e as três tnuót da CIP, sobre os desafios da educação no Brasil desigual. Estiveram presentes ,quase 50 madrichim da Avanhandava, Chazit e Colônia, além de educandos que se tornarão madrichim no próximo ano.
A historiadora se disponibilizou a abrir sua agenda para falar com as tnuót, pelo seu carinho e relação com nossos movimentos juvenis. O encontro foi um conversa guiada pelo tema da desigualdade, democracia e educação no país, por meio de perguntas dos jovens para a convidada.
Durante a troca, Lilia afirmou que “nosso presente está cheio de passado: racismo, patriarcado, corrupção, violência, desigualdade” e que para diminuir a intolerância e polarização do brasileiro precisamos tentar dialogar com o diferente, sempre baseando-se em fatos, história e documentos. A historiadora ainda completou dizendo “boa informação sempre ajuda no diálogo”.
Segundo Lilia, “ser cidadão no brasil é ser antirracista” e não adianta só pensar sobre, devemos agir, ter atitudes para acontecer uma mudança verdadeira. Quando questionada sobre como fazer isso, Schwarcz apontou alguns caminhos.
Primeiramente, ela afirma que devemos estar capacitados para falar sobre o assunto, recomendando os livros de Djamila Ribeiro e Angela Davis. Além disso, trouxe o fato de que, por vivermos em uma sociedade intrinsecamente racista, todos temos um lado preconceituoso para desconstruir, não apenas colocar a culpa em outras pessoas e no passado. Por último, afirmou que devemos trazer livros, vivências e pessoas negras para a discussão, ouvindo um lado diferente da história e incluindo essas pessoas em nossos espaços de convivência.
Para finalizar, Lilia convidou os jovens a pensarem sobre o papel deles como ativistas e afirmou que as tnuót são uma arma potente para mudança no mundo, se posicionando e agindo como contrárias às formas de opressão: anti-machismo, anti-racismo, anti-LGBTfobia, anti-capacitismo, entre outros. Ela afirma que devemos ter atitudes democráticas e que os madrichim, ao construírem atividades, devem questionar se as formas, métodos e ferramentas usados são democráticos, não só o conteúdo.
Para acompanhar de perto mais novidades sobre a Juventude da CIP, siga @juventudecip no Instagram.