Por Andre Roemer, da Comissão de Culto da CIP
Aconteceu na CIP, na sinagoga pequena à luz de velas em formação circular, a comemoração do dia considerado mais triste do calendário judaico, o Tishá BeAv.
Estavam presentes cerca de 25 pessoas sob a condução da rabina Tamara Schagas, acompanhada da interpretação do chazan Avi Burstein para a reza de Arvít com leitura de trechos escolhidos de Meguilat Eicha, o livro das lamentações que também estudamos e comentamos.
Nossa tradição relembra vários eventos trágicos que aconteceram aos nossos antepassados nesta data: a destruição do primeiro Templo de Jerusalém; a destruição do segundo Templo; Betar, a última fortaleza a resistir aos romanos durante a Revolta de Bar Kochvá, no ano de 135 foi vencida; um ano depois da queda de Betar, a região do Templo foi arada; em 1492, o Rei Ferdinando da Espanha emitiu o decreto de expulsão, marcando Tishá BeAv como prazo final para que não houvesse um único judeu no solo espanhol; a 1ª Guerra Mundial teve início em Tishá BeAv.
A rabina recordou a nossa história pregressa da destruição do 1º Templo e a mentalidade vigente à época de maneira crítica, trazendo para o tempo atual as semelhanças do comportamento humano de maneira muito tocante, sensibilizando a todos os participantes e mostrando como os ciclos da história humana se repetem com linguagens e enredos semelhantes através dos tempos. Um evento que, apesar de triste, foi iluminado pelas belas palavras da rabina, apresentando o desafio que a história deve nos ensinar.