O Ministério da Cidadania, o KKL Brasil e a CIP realizaram no dia 19 de novembro, no Auditório da CIP, a exibição do documentário “O Maestro – Em Busca da Última Música”, seguida de debate com as presenças do maestro italiano Francesco Lotoro, do diretor Alexandre Valenti, do presidente do KKL Brasil, Eduardo El Kobbi e do rabino Dr. Ruben Sternschein.
Quem compareceu à apresentação, teve a oportunidade de conhecer um pouco mais do trabalho do maestro Francesco Lotoro, que há 30 anos dedica-se a missão de resgatar e apresentar partituras recuperadas dos Campos de Concentração, e de conversar também com o diretor Alexandre Valenti, do premiado documentário “O Maestro – Em Busca da Última Música”.
Lotoro deu detalhes de como viaja pelo mundo em busca de sobreviventes do Holocausto e de seus familiares. Ele já catalogou cerca de 1,6 mil compositores e transcreveu mais de 8 mil obras musicais. O acervo conservado em sua casa na pequena cidade de Barletta, no sul da Itália, reúne óperas, operetas, música sinfônica, lírica, jazz, até canções populares, cantigas e paródias e será transformado pelo governo italiano na “Cittadella Della Musica Concentracionalle”, um Centro Cultural com teatro, cinema e biblioteca e tratará apenas de músicas concentracionais.
“A música pode se tornar o último testamento de algumas pessoas e em alguns casos, como na época do Holocausto, foi o que se perpetuou para as futuras gerações. Assumi a missão de fazer com que essas obras voltem à vida e que sejam ensinadas, tocadas, cantadas e assobiadas por todos de forma a perpetuar a vida onde havia morte”, destacou Francesco Lotoro.
“Este resgate nos leva a um voo especial. Diferente de todos. Permite que ouçamos e sintamos o que ouviram e sentiram as inocentes vítimas do Holocausto enquanto transgrediam a morte a través de música. Ao tocarmos suas partituras continuamos sua obra e lhes damos voz e sobrevida, após décadas dos assassinatos nazistas”, declarou o rabino Dr. Ruben Sternschein.
“É importante fazermos uma ponte entre passado, presente e futuro, libertando essas músicas, e recuperando a relevância de cada músico presente nos campos, dignificando essas obras de resistência em meio ao caos. Trata-se de um legado para a humanidade e que merece todo o nosso apoio e respeito”, finalizou Eduardo El Kobbi, produtor do Concerto que leva o mesmo nome do documentário e que lotou o Memorial da América Latina, em uma grande apresentação com a Orquestra Jazz Sinfônica, no dia 21 de novembro.
O Cine Debate contou com o apoio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocínio de Itaú-Unibanco, CSN, Bemol, GR Segurança, Focus Energia e Rosset.
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Liane Gotlib Zaidler
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Fotos: Milton Gevertz