No último sábado, 31 de maio, a CIP e o Ministério da Cultura realizaram mais uma edição do “Ticun – Virada Cultural Judaica”, em celebração a Shavuot, festividade que marca a entrega da Torá ao povo judeu durante sua travessia no deserto após a saída do Egito.
A edição de 2025, que teve como tema “Tempos e Movimentos: quantos tempos vivemos no nosso tempo?”, explorou as múltiplas camadas do tempo – o cronológico e o subjetivo – por meio de paineis e experiências artísticas.
Cerca de 500 pessoas, entre crianças, jovens e adultos participaram das mais diversas atividades programadas.
Iniciamos às 17h com as crianças participando de um Masterchef, enquanto adultos participavam de uma roda de conversas com as psicólogas Claudia Feldman e Clarissa Levy Nigri.
Na sequência, as crianças participaram de uma divertida contação de histórias, enquanto a reza de Arvit e Havdalá aconteciam na sinagoga.
O sempre esperado show de danças com as Lehakot da CIP abriu a parte artística do evento e lotou o Salão Nobre.
A artista visual Paula Muller montou no hall sua exposição interativa Memória, símbolo e diálogo e teve a oportunidade de contar ao público, mediada pelo rabino Ruben Sternschein, sobre o processo para a entrega de seu TCC na faculdade, os desafios enfrentados por conta de antissemitismo e os reflexos na mudança de sua apresentaão.
Um dos momentos mais aguardados na noite foi a gravação ao vivo do podcast “Tantos Tempos”, apresentado pela psicóloga Candice Pomi e que teve como entrevistados o publicitário Roberto Dualibi e o rabino Ruben Sternschein.
As oficinas de artesanato e de cheesecake lotaram as salas, enquanto parte do público se dividia entre as Chavurot (rodas de conversa) sobre os temas que mais interessavam entre direito, medicina, empreendedorismo, psiquê e parashá da semana.
Monja Cohen e Luciana Zaterka dividiram o palco para falar sobre “Quando o tempo respira”, mediadas pela rabina Kelita Cohen.
As apresentações musicais encantaram a todos. Os jovens Otavio Cukierman, Amanda Karaver Benjamin, Vicky Karaver Lubliner, Fernanda e Sofia Mermelstein cantaram lindamente acompanhados por Tania e Ale Travassos e Martin Edelstein.
O coral Osher, com mais de 30 componentes e regido pela maestrina Tania Travassos, fez uma bela participação apresentando as canções Tempo Perdido e La Kol Zman veet, com arranjo inédito de Alexandre Travassos.
Foram acompanhados ao piano por Dudu Ejchel e na percussão por Rafael Muro.
O painel História e Memória, mediado pelo rabino Theo Hotz, trouxe Daniel Strum e Jacques Fux para encerrar o bloco dos painéis.
E quem ficou até o final, pode aproveitar o momento místico da meia noite e meditar sob orientação de Bruno Mariz e rabino Ruben.
A praça de alimentação também foi um grande atrativo com o delicioso falafel, da Bolinho Verde, o já tradicional crepe da La Cuisine e o saboroso cheesecake da Cheesecakeria.
A Virada Cultural Judaica foi realizada pela Congregação Israelita Paulista com patrocínio da CSN, Itaú, Bemol, Rosset, Banco Safra, Teleperformance e Smart Storage, e apoio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.