Em mais uma edição do Dilemas Éticos, ciclo de debates sobre desafios atuais, o rabino Michel Schlesinger recebeu o escritor Luiz Schwarcz para um bate-papo sobre seu novo lançamento: “O ar que me falta – história de uma curta infância e de uma longa depressão”

Trata-se do quinto livro do autor, publicado pela Companhia das Letras, editora que Schwarcz fundou em 1986. Na obra de não-ficção, Schwarcz relata de maneira sensível a maneira com que a depressão sempre esteve presente em sua vida. Recuperando memórias que sempre foram fonte de angústia, Schwarcz descreve, entre outras situações, a maneira como a ferida do Holocausto em sua família ainda traz sequelas para sua saúde mental.

Conversando sobre a obra, Schwarcz afirma que, apesar da metáfora sobre a falta de ar se encaixar em diversos contextos sociais da atualidade — como a pandemia e o assassinato de George Floyd —, sua intenção foi tratar especificamente sobre a falta de ar causada pela depressão. Apesar disso, o livro abre espaço para diversas interpretações.

Traçando paralelos sobre o contexto histórico do período do Holocausto e o da atualidade, o rabino Michel afirma: “Eu, como neto de sobreviventes, fico triste ao constatar que ainda vivemos em um mundo onde há espaço para ultranacionalismo e xenofobia — valores terríveis que estavam presentes naquela época, e que, de certa forma, se fortalecem novamente nos tempos atuais”.

Em outro momento do encontro, Schwarcz comenta sobre as diversas passagens no livro onde a CIP está presente, relatando a importância da instituição em sua formação. “Eu fui filho único, não ia para a rua para brincar, e a CIP me abriu uma porta a caminho da liberdade pessoal e social. Eu considero que a minha formação humanista se deu na CIP e na Chazit”.

Para adquirir o livro e se aprofundar na história do autor, clique aqui. Você pode ver o bate-papo na íntegra abaixo.