O Ticun da Virada de Shavuot, aconteceu neste sábado, 30 de maio, como resultado da união de um grupo de organizações judaicas vinculadas à União do Judaísmo Reformista (UJR), incluindo a Congregação Israelita Paulista (CIP) e a Beth El – de São Paulo, ARI do Rio de Janeiro, CIM de Belo Horizonte, Sibra de Porto Alegre e Beit Tikvá de Maringá, que se uniram para comemorar em grande estilo a festividade de Shavuot.
O evento, que foi totalmente online, teve como tema “Torá na travessia da quarentena” e reuniu nove rabinos de seis comunidades, além de professores e intelectuais da USP, PUC-Rio, UNIFESP e UFRJ, que juntos exploraram o momento atual e o que a tradição judaica tem a nos ensinar sobre como convivermos em tempos de pandemia e como sairemos dela.
A programação teve início com uma linda cerimônia de Havdalá conduzida por jovens dos movimentos juvenis da CIP: Chazit, Avanhadava e Colônia. Na sequência, os jovens desenvolveram atividades exclusivas para crianças e adolescentes.
Entre os temas debatidos nas mais de 30 palestras que aconteceram em três salas simultâneas, destacaram-se “Humor: a receita judaica para a superação”, “O judaísmo e as novas mídias” e a mesa redonda “O Mundo depois da Pandemia”.
Um dos destaques da noite foi o exclusivo pocket show com Mônica Salmaso e Teco Cardoso, que aconteceu com apoio do Ministério da Cidadania e o painel internacional “A quarentena na Torá”, com o rabino Sergio Bergman, novo presidente da WUPJ.
Outro ponto alto da noite foi a participação dos chazanim (cantores litúrgicos) das Sinagogas que integram a União do Judaísmo Reformista (UJR) e a linda apresentação de dança circular conduzida por Tatiana Gorenstein, que encerrou em grande estilo a programação.
Durante todo o Ticun, que terminou à 1h30, aconteceu uma campanha estimulando doações para as Sinagogas participantes.
“Tivemos uma oportunidade única de conectar mais de 4.500 pessoas de todo o Brasil ao redor de estudos, reflexões e música que buscaram contribuir com o conserto (Ticun) do mundo através da conexão extra geográfica e do desenvolvimento da alma. Resta aprender da experiência para levar o bom para o mundo pós-pandemia “, destacou o rabino Dr. Ruben Sternschein.
“Este Ticun da Virada de Shavuot representou um marco para as comunidades judaicas do Brasil: ao unir forças de instituições religiosas e acadêmicas de todo o país, construímos uma programação profundamente judaica, de altíssimo nível intelectual e representando pontos de vista diversos, à qual os participantes responderam, assistindo e interagindo com os palestrantes de forma intensa. Tenho certeza de que foi um passo decisivo para estabelecermos pontes mais amplas e mais frequentes entre os segmentos plurais da comunidade judaica brasileira”, concluiu o rabino Rogerio Cukierman.