Como parte do caminho no curso de formação de jovens educadores — o Manhigut — o segundo e último semestre contou com 4 projetos de intervenção tendo como eixo o Ticun Olam! Cada grupo fez encontros e discussões sobre um tema selecionado por eles, com um produto resultante desse processo.

O grupo do tema “Pandemia” decidiu organizar uma roda de conversa sobre um assunto urgente e necessário: as dificuldades que a pandemia da COVID-19 causaram à educação pública. Ao longo do semestre, estudaram e discutiram que seria fundamental trazer à tona o descaso com a educação e o abismo social que a situação de crise sanitária provocou.

Toda a Juventude e o MOV 20:35 foram convidados para participar da roda de conversa virtual. Nela, contamos com a presença da professora da rede municipal, escritora e educadora social Vivian Lopes, e do professor do departamento de Geografia da USP Eduardo Girotto para abordar questões que surgiram ao longo dos meses de quarentena. A mediação foi dos próprios jovens!

Outro grupo, abordando o tema “Injustiças”, criou o projeto Semente Beabá — uma plataforma que tem como objetivo ajudar alunos do Ensino Médio, oferecendo e indicando diversas iniciativas, como projetos, links de videoaulas, ferramentas de organização, manual de boas práticas de volta às aulas e muito mais.

Você pode conferir mais informações sobre o projeto clicando aqui, ou curtindo a página do Semente Beabá no Facebook.

O terceiro grupo, que trabalhou com o tema “Perspectivas”, escolheu estudar e dar ouvidos a histórias de dentro do nosso próprio país, que conta com uma infinidade de narrativas! 

Todos fizeram um estudo do livro “O Povo Brasileiro”, de Darcy Ribeiro, e decidiram colocar luz em histórias de pessoas e grupos marginalizados, mas que compõem a história do Brasil, como indígenas, negros, imigrantes e refugiados. Os futuros madrichim juntaram os relatos em um arquivo para disponibilizar a todos os interessados. Clique aqui para baixar o livro.

Por fim, o grupo com tema “Paisagem” fez várias discussões, leituras e reflexões sobre a composição da cidade e a sua formação, afunilando temas relevantes até chegar em hortas urbanas e população em situação de rua. Fizeram uma vasta pesquisa dos projetos já existentes na cidade de São Paulo e conversaram com uma funcionária da prefeitura da cidade e com o Presidente da ONG “A Gente Ajuda”, que trabalha com a população de rua.

Além dos projetos do Manhigut, no Projeto Ticun da Juventude os jovens se dividiram em cinco grupos a partir de seus interesses e começaram a estudar, refletir e discutir, construindo, no fim do processo, projetos de intervenção. 

Dois grupos se interessaram pela temática da Infância e Desigualdade Social. Começaram debatendo textos, filmes e documentários, para depois construírem dois projetos distintos. 

Um deles contou com uma parceria com o Lar das Crianças, e cada jovem acompanhou uma criança. A partir de encontros virtuais, auxiliaram nas tarefas da escola, conversaram, brincaram e aprenderam juntos, uma troca muito potente para ambas as partes. Em paralelo, aconteceram supervisões, nas quais refletiram sobre questões disparadas pelo encontro com as crianças, elaborando o aprendizado e qualificando o acompanhamento. 

Outro grupo pensou em ampliar as discussões que estavam tendo internamente e, para isso, organizaram e mediaram dois Cinedebates para toda a Juventude. A partir das obras assistidas, ampliaram e aprofundaram o conhecimento sobre as infâncias brasileiras, reconheceram a importância de se investir nessa área por meio da educação, mas também lazer, cultura e esporte.

O Envelhecimento e Desafios do Etarismo foi pauta de outro grupo. Juntos, conversaram sobre a desvalorização dos idosos na sociedade ocidental, em contraponto com o judaísmo, que os coloca num lugar de sabedoria e importância. Reconhecendo o valor dessas pessoas, especialmente das que compõem nossa comunidade, os jovens ligaram e ouviram algumas de suas histórias. Em conjunto com a Comunicação, prepararam um vídeo para que todos também possam aprender com elas.

Houve também uma discussão sobre Pessoas com Deficiência (PCD) e Inclusão. O grupo conversou sobre as barreiras sociais encontradas pelas PCDs por viverem em uma sociedade capacitista, que não valoriza a diversidade (pelo contrário, exclui os diferentes). O grupo preparou uma série de posts para o Instagram, como forma de compartilhar a discussão com a Juventude, e, em conjunto com a Comunicação, preparou dois flyers visando gerar reflexão sobre a luta anticapacitista e como tornar as tnuot realmente inclusivas. 

Por fim, um dos grupos se aproximou da questão do Refúgio. Ao longo do processo, conversaram com Gerson, um refugiado, e com o grupo Trocas Urbanas, do MOV 20:35. Perceberam os desafios encontrados pelas pessoas que precisam deixar seu país de origem e lutar para serem acolhidas no que chegam, uma história que nossos antepassados também viveram. O grupo preparou alguns posts para o Instagram da Juventude, para que todos possam conhecer um pouco mais dessa questão e para divulgar e apoiar empreendimentos de refugiados.

Em mais um ano de muita atividade, a Juventude da CIP se mostrou envolvida com os valores e a prática judaica na busca por um mundo melhor. Acompanhe a Juventude da CIP no seu perfil no Instagram.