Entidades judaicas de São Paulo estão mobilizadas em defesa da democracia em Israel e se reuniram em um ato no domingo, (26), na Comunidade Shalom. Mais de 200 pessoas estiveram presentes.

A CIP, junto ao Instituto Brasil-Israel (IBI), Comunidade Shalom, Casa do Povo e movimentos juvenis, assinou a carta aberta que expressa preocupação com o cenário e se solidariza com os milhares de manifestantes que tomaram as ruas do país. A carta já ultrapassou 2.500 assinaturas.

No Ato em Defesa da Democracia de Israel, Laura Feldman nos representou como presidente da CIP, ao lado de Luiz Gross (vice-presidente financeiro), rabino Ruben Sternschein, que discursou na ocasião, e rabino Rogério Cukierman. Representantes dos movimentos juvenis Avanhandava, Chazit Hanoar e Colônia da CIP também marcaram presença.

Representando o IBI, Ruth Goldberg (presidente) e David Diesendruck (diretor) compareceram. Falando em nome da Shalom, o rabino Adrián Gottfried fez um discurso e a rabina Fernanda Tomchinsky-Galanternik compareceu. Além disso, as tnuot Habonim Dror, Hashomer Hatzair, Noam e o grupo Gaavah também somaram esforços.

“Israel precisa ter o direito de errar, assim como qualquer outro país. O direito de ter o pior dos governos e, mesmo assim, não ter sua existência questionada. (…) Sem democracia não existe judaísmo — o judaísmo tem uma essência plural, crítica e de diversidade. Nós estamos aqui porque somos humanos, porque somos judeus, porque somos sionistas e porque amamos Israel”, disse o rabino Ruben Sternschein.

David Diesendruck, diretor do IBI, discursou sobre a importância de se posicionar neste momento: “A quem favorece este silêncio? A quem está no poder. O silêncio é ensurdecedor e dolorido. Aqueles que estão em silêncio são coniventes com os enormes danos à sociedade israelense, à relação com a diáspora, com os aliados de Israel e com o fortalecimento de nossos inimigos e do antissemitismo”.

As tnuot que somaram no ato fizeram um discurso em nome dos jovens presentes: “Queremos declarar nosso apoio aos cidadãos e manifestantes que há meses ocupam diariamente as ruas de toda Eretz Israel lutando por um país mais democrático e justo. Acreditamos que a melhor forma de resolver isso seja apoiando e dialogando sobre o tema, para que cada vez mais pessoas se conscientizem sobre como também podem ajudar a resolver parte da situação da política israelense.”

Confira abaixo os registros de Guigo Rua do evento: